ESTÁDIO CENTENÁRIO
O estádio da Baixada Rubra, palco de grandes jornadas esportivas, com seu enorme pavilhão, todo feito de madeira e que abrigava a imensa e delirante torcida grená, um dia iria ceder as intempéries e ao progresso vertiginoso de Caxias do Sul. E, a partir de 1976, ele deu lugar ao majestoso estádio Centenário, um dos maiores do interior do estado e construído por um clube de futebol privado.
Concluído em seis meses pelo presidente da época e atual patrono do clube, Francisco Stédile, o Centenário serviu de passaporte para o clube no campeonato brasileiro de 1976, uma distinção incomum a clubes do interior, só possível as grandes capitais. Com capacidade de 25 mil pessoas, a grande obra surpreendeu a todos pela sua imponência.
O centenário foi erguido no bairro Marechal Floriano graças ao dinamismo e à visão de Stédile. Ele aceitou o desafio do presidente da extinta CBD, Heleno Nunes, para num espaço de seis meses construir um estádio e pleitear uma vaga no campeonato nacional. Prestes a completar 30 anos, foram poucos os jogos em que o Centenário teve sua lotação.
Desde a sua inauguração, ao longo deste tempo, as direções que assumiram a SER CAXIAS, dentro das possibilidades, procuraram conservar e ampliar com uma série de melhoramentos as dependências do Centenário. Recentemente uma pesquisa realizada por um orgão do centro do país classificou o estádio como um dos 15 melhores do Brasil em quesitos como visibilidade, segurança, gramado e conforto.
Em 1996 o gramado do estádio passou por totais reformas, mudas de grama foram implantadas, resolvendo um problema de algum tempo, qualificando o gramado do Centenário como um dos melhores do país. No ano passado as arquibancadas começaram a receber pintura especial, das cores do clube. Próximo das três décadas, o Centenário é hoje a própria imagem do time e de Caxias do Sul.
Em 1999, em homenagem a seu maior incentivador e patrono da SER CAXIAS, o Estádio Centenário passou a se chamar ESTÁDIO FRANCISCO STÉDILE, numa justa homenagem ao homem que foi um dos maiores apaixonados pelo clube do Bairro Marechal Floriano. Francisco Stédile veio a falecer em 2006, e seu legado permanecerá intocável no coração dos grenás.
OS MAIORES PÚBLICOS
Marcado pela novidade e presença de grandes clubes do futebol brasileiro no campeonato nacional, o jogo contra o Palmeiras levou o maior público registrado extra-oficialmente até hoje. Mais de 25 mil torcedores no dia 15 de setembro de 1976. A lotação foi tanta que aconteceu a derrubada de um dos portões do estádio, entrando muita gente sem pagar.
No entanto o Grêmio tem sido o time que mais público leva ao Centenário. Especialmente nos jogos decisivos. No dia 12 de dezembro de 1981, o Grêmio goleou o Caxias por 5 a 1 e ocorreu o maior público registrado oficialmente no borderô da Federação Gaúcha de Futebol: 20.994 pessoas, para uma renda na época de CR$3.664.112,00.
No jogo da decisão do título para o Grêmio, em 29 de junho de 1988, empate em 0 a 0, que deu o campeonato por antecipação ao tricolor, houve atos de vandalismo no estádio proporcionados pela torcida gremista após a partida. A arrecadação foi de CZ$6.871.500,00 para um público pagante de 18.370 espectadores. Na final do campeonato em 2000 o público pagante foi de 13 mil pessoas e o total de 18 mil pessoas. Até hoje não se sabe a real capacidade do Centenário. Alguns falam em 25 mil, outros em 30 mil.
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